2021 foi um ano de muita luta! E para a Antimídia foi um ano de crescimento e consolidação de nosso trabalho e de fortalecimento de nossas redes e alianças.
Entre produções próprias e colaborações com outros coletivos, ao total foram 35 vídeos. Lançamos duas novas séries: Vozes Anarquistas e Saberes Locais Para Futuros Coletivos. Também lançamos um novo site e um boletim por e-mail.

Janeiro

O ano já começou com um esforço internacional através da Kolektiva em solidariedade com anarquistas bielorrusses. O vídeo, lançado no dia 2 de janeiro, foi publicado simultaneamente em 7 idiomas.

Ainda em janeiro, com o intuito de levantar os ânimos para fortalecer as lutas que sabíamos que nos esperavam, lançamos o vídeo 2021: O Que nos aguarda? Com uma mensagem para o ano que se iniciava:

E em solidariedade com o coletivo de tecnologia RiseUp, que há décadas oferece serviços seguros e gratuitos – como e-mail, listas, fóruns, VPN e mais – para anarquistas e outrys dissidentes, mais uma vez nos unimos num esforço internacional pela Kolektiva para lançar este vídeo, publicado simultaneamente em seis idiomas:

Fevereiro

Começamos o mês lançando uma tradução para o vídeo O Que é Raça. Este vídeo, é parte da série A de Anarquia, de nossys companheirys da subMedia.

Também tivemos, mais uma vez, a honra de colaborar com a galera da Facção Fictícia na produção de Para Barrar o Golpe Fascista.

Março

Tradução de mais um episódio da série A de Anarquia, da subMedia. Desta vez, O Que é Classe?

Neste mês, também foi ao ar o sétimo episódio de Falha de Sistema, outra série da subMedia. Este episódio, totalmente traduzido para o português, foi produzido em colaboração com a Antimídia, que realizou a entrevista com Acácio Augusto e ajudou na pesquisa e edição do vídeo.

Em março lançamos a série Vozes Anarquistas, onde anarquistas expõem sua visão sobre fatos da atualidade e sobre a conjuntura política. No primeiro episódio, tivemos a presença de Acácio Augusto, falando sobre o sempre presente envolvimento dos militares na política brasileira:

E no segundo episódio, lançado no mesmo mês, tivemos Thaiane Mendonça, falando sobre as milícias, a intervenção militar no Rio de Janeiro e o assassinato de Marielle Franco.

Em meio à crise econômica potencializada pela COVID-19 e falta de assistência estatal às pessoas mais vulnerabilizadas, moradorys de Osasco tomaram destino em suas próprias mãos, recorrendo à ação direta para garantir o seu sustento. Enquanto houver exploração, haverá guerra de classes.

E ainda em março, lançamos a tradução para ainda outro episódio da série A de Anarquia: O Que é Ação Direta?

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Abril

Em abril, começamos lançando mais um videoensaio: O Que É Especismo e por que combatê-lo? Onde discorremos sobre o sistema de opressão especista. Baseado no texto “Que es el especismo?” de Lauredal Ediciones.

E publicamos também mais um episódio da série Vozes Anarquistas. Desta vez com as Edições Insurrectas, sobre a greve de fome nas prisões chilenas:

A Antimídia realizou o registro de um protesto do movimento negro em Porto Alegre, no dia 25 de abril. O protesto foi em resposta a racistas que fizeram ato no Parque Moinhos de Vento, protesto a favor do presidente Jair Bolsonaro.

Maio

Com imagens dys companheirys do CineNaTekoa e Deriva Jornalismo, publicamos este vídeo sobre a resistência Mbya Guarani, em Pindo Poty, contra invasores.

Pouco tempo após o lançamento do original em inglês, publicamos a tradução de O Que é Representação, vídeo mais recente da série A de Anarquia:

Diante dos protestos ferozes na Colômbia, a Antimídia colaborou com a subMedia na produção deste vídeo sobre a situação naquela região:

Com o Estado intensificando a sua violência em toda América Latina, publicamos mais um episódio de Vozes Anarquistas. Desta vez uma companheira anônima compartilha sua visão, conectando a violência policial nas manifestações na Colômbia, com a chacina policial no Jacarézinho.

Em outra colaboração com subMedia, lançamos este chamado de ação em solidariedade com o povo palestino para chamar a atenção contra a violência da ocupação israelense em Sheikh Jarrah:

E em maio lançamos também nossa segunda série: Saberes Locais Para Futuros Coletivos. O primeiro episódio aborda a estratégia do mutirão:

Junho

No quinto episódio da série Vozes Anarquistas, recebemos ys companheirys da Facção Fictícia rebatem o youtuber e, agora, ex-delegado, Da Cunha, e apontam que nenhuma polícia jamais servirá aos nossos interesses.

Grandes manifestações tomaram os territórios ocupados pelo Estado Brasileiro, e achamos importante fortalecer os chamados anarquistas às ruas, para fortalecer e radicalizar os protestos contra Bolsonaro. Pra isso, fizemos o vídeo Até Que Caiam Todos – Um chamado ao 19J:

Além dos protestos gigantescos contra Bolsonaro e por “pão, vacina e educação”, centenas de diferentes povos indígenas se reuniram em Brasília no maior acampamento indígena já registrado. Seus atos ficaram conhecidos como Levante Pela Terra. Eles se opunham a projetos de lei que enfraqueciam a demarcação de terras.

 

Julho

Com a relevância e exemplo de resistência e combatividade dado pelo Levante Pela Terra, realizamos o vídeo Floresta em Pé, Fascismo no Chão:

Estivemos também nas ruas, registrando os atos populares do 3J, quando centenas de milhares de pessoas foram às ruas contra Bolsonaro. Mas isso nos fez perceber também a política de exclusão e criminalização dos blocos e manifestantes autônomys e combativys. E pra combater essa visão de criminalização da revolta, com a ajuda de companheirys do Podcast Fagulha, propusemos 7 Princípios Para os Nossos Movimentos:

Um exemplo de desdobramento dessa criminalização veio através do depoimento de uma companheira anarquista de Londrina, que nos enviou um áudio anônimo onde relatou a perseguição. Publicamos esse áudio em formato de vídeo para ajudar na divulgação:

Em 2020 e 2021 vimos a popularização da derrubada de estátuas como forma de destruir o ideário colonialista que ainda assola nossos territórios. Foram dezenas de estátuas derrubadas, vandalizadas ou queimadas. E ainda nos territórios indígenas ocupados pelo estado do Canadá, foram diversas igrejas incendiadas depois da descoberta de centenas de corpos de crianças indígenas enterrados em terras das chamadas Escolas Residenciais. Em São Paulo, a estátua do cruel Borba Gato foi incendiada. Aproveitando-se desse ímpeto decolonial, lançamos o vídeo Queimar Igrejas e Derrubar Estátuas:

No dia 15 de julho de 2021, as pessoas tomaram as ruas na província iraniana do Kuzistão para protestar contra a falta de água causada pela incompetência do governo. Desde então, apesar da brutal repressão do Estado iraniano, o levante se espalhou por todo o país. Em colaboração com a Federação Anarquista Era e subMedia, lançamos o vídeo Irã: O Levante dos Sedentos:

Agosto

Mais um vídeo baseado em um relevante artigo da Facção Fictícia, Nem CPI, Nem Eleições: Só a Revolta Pode Barrar o Genocídio foi uma resposta à crescente desmobilização nas ruas enquanto muitas pessoas punham sua fé na CPI da Covid para derrubar Bolsonaro:

As mudanças climáticas são um fato de nossos tempos. E sua inescapabilidade leva muitys de nós ao desespero e à desesperança. No sexto episódio de Vozes Anarquistas, Peter Gelderloos discorre sobre como esses sentimentos podem nos levar a aceitar soluções autoritárias para o aquecimento global:

Setembro

No embalo do Levante Pela Terra, o acampamento indígena Luta Pela Vida, em Brasília, trouxe aos holofotes o julgamento da tese do Marco Temporal pelo STF, outra ameaça à demarcação de terras indígenas. Aproveitando a presença da Deriva Jornalismo por lá, usamos essas belas imagens para registrar esse momento.

Se por um lado a esquerda institucional e partidária resolveu fazer protestos estacionários, como em São Paulo, para evitar a destruição de propriedade e facilitar a ação da polícia, por outro lado, pipocaram chamados para a formação de blocos autônomos para resistir de forma mais combativa. Este vídeo foi em solidariedade ao chamado dos blocos combativos para o 2O.

Outubro

No segundo episódio da série Saberes Locais Para Futuros Coletivos, homenageamos a resistência das pessoas que fugiam e combatiam a escravidão e procuramos mostrar brevemente algumas coisas que a Estratégia Quilombola pode nos ensinar:

Novembro

O crescimento do nacionalismo de um lado, e a intensificação das lutas indígenas e anticoloniais de outro, nos motivaram a produzir O Fim do Brasil. Uma sequência natural a nossos outros vídeos: O Fim da Polícia e O Fim das Prisões.

Dezembro

E para fechar o ano, resolvemos dar de presente uma mensagem de fim de ano para todys, para seguirmos firmes em nossas lutas.